quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

 De uma forma estranha ela se sentia atraída por aquele olhar
E da mesma forma a obediência vinha lhe calar
Ao seu toque sutil ela sentia seu corpo estremecer e cada vez mais queimar
Estremeceu quando sentiu a mão dele lhe tocar
Com uma estranha falta de jeito, por entre suas roupas passar
Ainda assim, a mão sabia como despi-la onde lhe cabia desejar
Seu sagrado ardeu em paixão
Ao passo que ouvia as batidas do seu coração
E devagar, bem devagar, a vontade cedeu
E o prazer lhe encheu
Com cada toque suave e seguro de suas mãos
Que percorriam seu rosto, seu corpo, e inabalavelmente tocavam sua alma
Ela sentia ele como o princípio e o fim
Se entregava em seus braços
Assim como abraçava o vento
E deitada ali, imóvel, ainda com a pele quente, sentia o começo do sono
E assim, previa o começo de um sonho.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vento...leve...brisa...


Por mais que o vento tente retirar e insistir
Há coisas que persistem na minha mente
Há pessoas que se fincam no meu coração
Lembranças de um tempo...
um instante...um momento
Silenciar agora fica difícil
Se tornou um pesar pra mim
Mas de que se faz a boca
senão o gosto da palavra?
E os ouvidos que, arduamente, todos os dias,
se cansam de coisas sem explicação...
Pra que olhar pra trás?
Se o que está a nossa frente
pode ser prazeroso e amigável...
O vento sussurou levemente...
numa brisa...
'O passado é um arquivo morto
O silêncio é calmaria
E não há explicação pra tudo
E eu... o vento...
Sou quem te faz flutuar
Sou o movimento leve do seu corpo
E o relaxar pulsante dos seus tecidos
Sou seu prazer no calor
E no frio, o aconchego
Eu sou leve como pluma
O suspiro da sua alma'
Me deixe entrar e passar entre você
Ficar perdido nas nuvens
Ousar sonhar sonhar e realizar
E num dia de tempestade
Fechar a porta
E se entregar...
e me entregar...
no vento.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Desilusão

Ela não vai sentir nada se arrancarem seu coração, já que, novamente, ele sangra e chora de dor. Droga de amor, droga de amar. A desilusão bate em minha porta e me chama de companheira.